sexta-feira, 23 de julho de 2010

poeMINHA


Meus pés descalços na pedra...

Seus pés descalços na pedra...

A sensação perfeita do tamanho do mundo, o mundo é só seu.

Meu mundo pra você, seu mundo cada vez melhor.

Prometo estar

Te amo

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Lição do dia

E então, como é ser solidário?
Mais uma lição para o dia a dia.
Hoje passei o dia, bem, parte dele conversando com a Eloah como é legal deixar as coisas saírem de casa para outras melhores entrarem. Como é legal dar coisas nossas para outras pessoas que elas poderiam carregar boas histórias como a dela.
Que uma família pode ser muito mais que só a gente e ser muito melhor doando, não porque está sobrando mas porque outros não têm nem o mínimo.
Que o mundo é muito melhor quando a gente divide.
Bem, tento sempre tirar um pouco do peso de filha única que ela ainda é. 
No final do dia: 
- Filha vamos arrumar as roupas e decidir o que vamos doar?
- Vamos mamãe!
Depois de muitos "esse pode" e "esse fica" e quatro sacolas enormes cheias de roupas de bebê. Lucas e Eloah partiram felizes para o Batalhão da Polícia Municipal entregar as roupas para bebês que iam usar aquelas roupas lindas que não cabem mais nela.
O papo na ida foi ótimo, ela se sentiu super orgulhosa de fazer aquilo, fez questão de carregar uma das sacolas (mamãe ajuda?).
Mas o mais incrível foi a alegria em fazer, "Vai dar pra neném! Vamos mamãe?"
Bem, vamos todos, até uma criança de dois anos sabe o que fazer quando é necessário.

terça-feira, 6 de abril de 2010

A mãe da Toninha?

Há três dias atrás, no Sábado de Aleluia passamos a tarde em casa de amigos muito mais que queridos, com o tempo fomos ficando, ficando, ficando e resolvemos, a convite deles, dormir lá, era só esticar um colchão, deixar o ar condicionado ligado baixinho e pronto, esta pronto nosso ninho de amor. O mais legal é que isso foi resolvido com a nossa filha junto, ela se divertiu muito, claro, não queria dormir na hora dela, mas ok, foi mesmo assim e passamos a noite super bem.
Domingo de Páscoa saímos e voltamos para a família, almoço, esconderijo dos ovos, conversa, chocolate, foi ótimo, para meu orgulho, Eloah gosta de chocolate mas se satisfaz com bem pouquinho, contrário da mãe.
Hoje, passamos o dia juntas, por conta do dilúvio no Rio de Janeiro não pude ir trabalhar e não tínhamos luz, logo seria o dia cheio de surpresas, nem o rádio da manhã para dançar, nem a música da abertura da novela para a Bisa cantar junto, ai como seria?
Foi maravilhoso, como a chuva não deixou brincar no quintal, vimos a chuva da janela, brincamos com todos os guarda chuvas da casa (são mais de vinte, nem me pergunte!), telefonamos para a vovó, o vovô, a Bia, a titia Karla, o papai, fiz a aventura da galocha, em busca de velas e provisões para uma casa sem geladeira, cantamos, dormimos de tarde, conversamos...
Quando começa a anoitecer a farra aumenta, ficando escuro, Eloah começa a descobrir pra quê serve a vela, o fósforo, o fogo na vela, a LUZ!
A casa mais parecia um templo, só na sala tínhamos acendido seis velas, nem parecia que faltava luz, e na verdade não faltava mesmo.
Com  noite, um silêncio maior na vizinhança, o sono veio um pouco mais cedo. Papai chegou, vamos brincar de esconde esconde? Corre corre, grita, todo mundo dá risada e a hora vem chegando. Vem chegando a hora de dormir, mas calma, ainda falta um pouquinho...
Foi nesse momento que falei o quão legal seria se a gente tomasse aquele susto de luz, quando ela volta sem aviso e inunda a casa toda pois ninguém mais se lembra o que está aceso ou não. Coincidência ou não a luz voltou, a farra aumentou. Brincamos até a hora de dormir, dela dormir.
Nessa hora Lucas me perguntou: e então, como foi seu dia?
Veio imediatamente a lembrança do sábado de aleluia. Chegou um momento no papo, a conversa estava frouxa e as idéias vindo junto com as palavras e o assunto virou as melôs que cantávamos. 
A melô do sexo anal: quero ver você não chorar, não olhar pra trás nem se arrepender do que faz/ quero ver o amor crescer, mas se a dor nascer você resistir e sorrir... 
A melô do cocô: você vai saindo de mim devagar e pra sempre...
Essas foram as emblemáticas mas uma melô que nunca saiu da minha cabeça foi a da Mãe da Toninha, ainda mais por que é uma melô muito ruim. A melô da mãe da Toninha é a seguinte: um dia a mãe da Toninha tomou conta de mim... uma alusão sem comentários a música Tédio (um dia a monotonia tomou conta de mim...) que o grupo Biquini Cavadão tocava sem parar na minha infância.
É definitivamente, desde que sou mãe a Mãe da Toninha não toma conta de mim.



terça-feira, 9 de março de 2010

texto de utilidade pública

Fátima mandou esse texto, ainda não estou precisando, mas se a filhota puxar a imaginação da mãe vai ter uma turma imaginária!
Vale a pena ler, prestar atenção nos rebentos é uma função maravilhosa, e necessária!

O amigo imaginário é uma saida saudável que a criança cria para suas necessidades
afetivas ou seus conflitos.
 
          Na maior parte são crianças sozinhas, mas as que não sozinhas também podem criar os amigos imaginários e se divertir com eles.
 
          Situações da vida como separação ou divórcio dos pais, morte de um ente querido, mudança de casa ou de escola,  saida de um amigo da escola, entre outras situações podem ser demais para a cabecinha da criança ( se não tem o suporte emocional adequado) e leva- la a criar uma amigo para partilhar com ele a intensidade de seus sentimentos naquele momento de sua vida.
 
          Esses amigos podem ser invisíveis, ou algum objeto personificado ( uma boneca, um bicho de pelúcia, uma medalhinha...) É importante que os pais conversem com a criança sobre esses amigos, como surgiram, sobre o que falam... enfim que realmente se interessem por esta questão.  As crianças têm muita sensibilidade e percebem quando os pais estão ou não dando importância para os assuntos dela, e o que as vezes parece uma simples brincadeira para os pais pode ser algo muito importante para a criança, onde elas estão elaborando suas questões emocionais, seus conflitos.
 
          A criança pode apresentar este comportamento entre 2 e 6 anos de idade, mas este período pode variar de acordo com a maturidade emocional.
 
          O importante é que os pais fiquem atentos ( se sentirem que a situação está se prolongando ou que afasta do mundo real, ou que passa muito tempo isolado...) e procurem apoio profissional. Nesses caso o tratamento Psicoterapeutico é indicado para toda a família pois a criança está sendo emergente de uma situação que certamente atinge toda a família.
 
Fátima Ayoubi